11 de outubro de 2011

Paciência

Três da manhã e eu resolvi que deveria dormir, deitei, pensei no meu dia nada construtivo, ouvi todas as músicas da minha playlist repetindo algumas várias... Continuei rolando pra lá e pra cá e nada.
A chuva torrencial me trouxe reflexões, sinto saudades de aproveitar meu sono sabia?!
Enfim... Era mais ou menos sobre isso minha reflexão, minha sobra de tempo para não fazer nada.
Sabe aquela velha história de dar rumo ao rumo que você deve levar? É nesse rumo que eu quero entrar. Expandir entende? Saber mais do que eu sei, eu tenho tantas coisas para aprender... E eu quero aprender sobre tudo que eu puder, não sobre um rumo específico. Quero seguir para qualquer rumo por saber o que estou fazendo.
E como um pensamento leva a outro, e nas horas o lado amoroso nunca, jamais, em nenhum momento fica de lado (porque como é que pode sempre ter algum detalhe para melhorar?) (bom, também não sei por que me pergunto isso se para mim o perfeito é muito óbvio e acho o óbvio tão chato...)
Enfim... Quero realmente esquecer tudo o que aprendi (desde que o mundo é mundo) sobre relacionamentos, perder a receita da vovó sobre “como prender um homem”, porque não quero um homem preso a mim (me sinto até sufocada), nem eu mesma queria ser presa a mim... Eu gostaria muito que minha querida alma pudesse dar suas voltinhas por algumas horas, faz bem para todo mundo ter um minuto só.
Eu quero coisas diferentes, quero um amor amigo, um amor lá e eu aqui, um amor aqui comigo. Cumplicidade. Eu não quero ter complicações de um relacionamento comum (até porque tenho aversão ao comum e monótono), quero um amor de paz, um amor livre, um amor com respeito, um amor livre de julgamento. Quero poder pensar, quero uma segurança natural sobre aquilo que estou vivendo, quero conseguir passar isso com um olhar, não quero ter sempre que explicar, quero que esse tal olhar consiga me decifrar.  Viver longe dos padrões, das características comuns.
A receita da vovó diz como fazer, custe o que seu sofrimento custar, mas não que o sucesso é garantido, nunca é, pois é regra e para seguir a regra você não pode ser você mesma.
Eu não quero assim.
Eu quero ter mais do que eu tenho com a minha família, quero ver que cada vez mais eu tenho amigos naquelas pessoas que mais posso contar, nas pessoas que sabem de onde vim, que são tudo de mais valioso que tenho, nas pessoas que conhecem meus defeitos e qualidades mais que qualquer um no mundo. Eles me amam de verdade. Tive ótimas influencias para aprender a verdadeira amizade.
Assumirei daqui em diante o que a vida me trás, provarei tudo de bom ou ruim que vier. Não resumirei, não pouparei vírgulas para dizer o que penso. Tomando sempre consciência do certo e errado diante ao que não gostaria de viver.
É rumo, compromisso comigo mesma, eu não preciso provar absolutamente nada a ninguém, as pessoas com quem me importo graças a Deus tem orgulho de mim e para mim está bom.
Quanto ao resto... Bom, de resto todos terão meus sorrisos, até não me fazer mal terão o meu melhor sorriso. Mas não ouse encostar em qualquer um dos seres amados por mim que me resumirei em...........
Indiferença. Ignorante!
Conhecer sem julgar. Ninguém é obrigado a ter atitudes que correspondem a sua aprovação. Afinal, quem é você senão você mesmo?
Eu prefiro viver de sorrisos. O sorriso ilumina a vida de quem da e de quem recebe. Um sorriso melhora o dia, um sorriso trás boas vibrações, logo, pessoas boas que sorriem também.
Sem contar que um sorriso te deixa tão mais bonito de se ver e estar.
Pois bem! Comece a sorrir agora!
Se a vida tem tantas coisas lindas para serem apreciadas porque viver reclamando dos problemas?  Reclamar não vai resolvê-los, mas encarar a coisa de frente sim. Então siga, um passo de cada vez, pensando positivo, tentando manter o sorriso no rosto por mais difícil que seja. Quando menos perceber vai estar só sorrindo, sem problemas.
É um rumo melhor a seguir, não falsa reflexão falida. É seguir, se aprovar dia após dia.

3 de outubro de 2011

Intensidade de um monte de coisas

[Não, não quer simplesmente dizer que foi rápido demais, ou "opa, simplesmente foi"... Foi intenso, foi muito! Uma paixão intensa, uma dor intensa, uma saudade intensa.... Pode ser intensamente bom, pode ser intensamente ruim... Pode ser intensamente certo ou errado, pode ser intensamente nulo. Pode continuar intenso, pode se desfazer...]


Eu tento falar e não consigo escrever. O vice e versa para mim já é comum. E como disse Lispector: "Eu não acredito, por isso aceito".

Eu não quis te conhecer, eu nem queria estar lá. Só aceitei. Me pergunto o porque de eu estar ali aquela hora, mas como com o destino não se brinca, se brinda...

Não foi um "oi", foi um "quem é ela?". Trocou o "prazer" para encher o meu copo. Não foi uma cantada barata, foi o meu melhor sorriso quando me vi refletida enquanto você me olhava diferente e indiferente.
É todo o jeito, é todo o brilho, é toda a diferença... Eu não gosto de príncipes convencionais mas senti que seria o príncipe com o principio perfeito.

Enquanto todos se arrumaram você saiu com a primeira camisa amassada, com o cigarro na mão e arrastando tudo para trás. Enquanto todos se cumprimentavam você estava com o seu copo na mão, sem me esquecer.
Você não chegou no cavalo branco mas se chegasse também eu não repararia. Me encantei foi com você dirigindo seu carro sujo, desnorteado, com a musica alta, sem olhar para os lados.
Enquanto todos pensavam para acertar o que falar, (risos bobos) você cantava suas maiores besteiras relâmpago sem se importar com o que alguém podia pensar. Era a hora em que me saía o sorriso bobo, com a sua risada.
E olhar enquanto você elabora algo maluco pra falar é minha hora de maior espectativa. Eu adoro sorrir feliz.

Enquanto me esquivava muita coisa aconteceu. Crueldade ou não comigo mesma, que assim seja.
Afinal de contas, "Eu quis te conhecer".

Vitrola:  *Janta (Marcelo Camelo e Malú Magalhães)

21 de junho de 2011

Disque Gênio.


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijpqqrz_zmHXZIkwrnRuXPh448KEoT8wrZqo-vY6kH1P4vLkkIUYVl_mLjQdjTwVydQNUxXq6sT4PxIH9eQA62w2-MQHAS_BIVLnlfOxyZLEd2XkJ1AXULxmiP6y5pclaFXqcQHQ0riTE/s400/hippie.jpg Hoje estou com inspirações ocultas, cheia de vontades complicadas e preferências extremas.
Hoje preferia cantar alto, dançar leve. Um piquenique com a minha toalha xadrez em uma grama bem verde.
Hoje gostaria de bater um papo com Raul Seixas, com Cazuza. Ficar maluco beleza e ver o trem das onze passar. Queria estar 70, festejar com os hippies a liberdade, a paz e o amor. Fazer meus brindes ao sexo e ao rock n' roll.
Hoje queria pular em uma cama elástica e nadar em uma piscina de bolas. Rir com as brincadeiras do palhaço e ver um dia inteiro de desenhos animados. Hoje eu gostaria de festa de criança, de doces coloridos, parque de diversão, risadas descontroladas e músicas da Xuxa pra cantar bem alto mesmo sem companhia.
Hoje eu queria comigo todas as pessoas que já conheci na minha vida e que foram importantes de alguma forma em algum simples momento juntas de uma só vez.
Hoje eu queria estar em Paris sozinha. Andar de bicicleta e ler um livro ouvindo os artistas de rua. Realizando "aquele" sonho na Torre Eiffel.
Hoje eu queria ler um livro enorme de uma só vez. Sem interrupções. Ser o livro, estar no livro.
Queria hoje estar andando nas nuvens, descansando em alto mar. Nadar com golfinhos e viver sem maldade.

Hoje eu queria tanta coisa e só tenho uma ilha... Deserta.

15 de junho de 2011

"Ao chão, um barzinho e violão"

O chão gelado era a escolha do dia.
A falta do que fazer era sempre a preferida apesar de estar sempre ocupada. Ali, no chão. Eram elas, eles, amadas, geladas, cantadas, madrugadas, manhãs e ressacas. E tudo de novo.
Eram as mais belas histórias, os mais sinceros conselhos, as mais sentidas lágrimas, as mais doces risadas. Eram as melhores piadas, os mais perigosos venenos. A amizade mais pura e o amor mais belo. Foram as melhores histórias e maiores lições.
Éramos todos nós a sós, sem precisar explicar o porquê ou sem motivos de pra quê.
Era sol e chuva, casamento de viúva. Folhas secas, festas "regadas". Lixo e luxo. A flor do lixo.
Grito solto, verdade escrachada, mentiras omitidas e publicamente cuspidas.
A dança,  violão, o álcool, no chão, gelada na mão.
Éramos nós, sem dar explicações, sem ligar para os demais, sem querer companhias a mais.
Tudo aquilo bastava dia após dia sem mais nem menos ou lugar escolhido. Apenas o chão frio.
Me abasteci às sete da manhã e só fui dormir após o grito do galo. E gritei contra o galo.
E tudo de novo.
Hoje me resta a dor de reviver a base de flashbacks diários de bons tempos jamais esquecidos. Querendo estar, querendo contar, querendo rir e até chorar, querendo cantar e ao mesmo tempo dançar, voltando a ser criança e crescendo devagar, querendo brigar, falar, ouvir e pensar. Querendo ser junto e crescer.
Reviver e viver no chão, um barzinho e violão.

E os versos e nos evita o medo.
"...Diz que deu, diz que dá, diz que Deus dará. Não vou duvidar, oh nega. E se Deus não dar? Como é que vai ficar, oh, nega? "à Deus dará" , "à Deus dará".
E é assim que tem que ser, o coração pede e “Deus dará”..."

Na Viola: Cássia Eller – Partido alto.

10 de junho de 2011

Quem define como vai ser? Você?


Já parou e pensou que sua atitude tomada diariamente não necessariamente é de sua própria vontade? Se fosse assim seria fácil demais, mas o mundo está aí para nos complicar. Dentre atitudes a serem tomadas mais sérias.

E aí, quem define é você? Sempre, uma influência escondida te empurra para certas decisões a cada dia que se não fossem por consequências você nem as tomaria. Malditas consequências! Te fazem pensar e repensar, tomar atitudes que englobem pessoas e coisas, fatos e relatos, sentimentos e... Arrependimentos. Além de influenciar, ainda podem te trazer arrependimento. É isso, você toma uma atitude que ache certa para o momento e amanhã pode descobrir que: "Nossa, não era nada daquilo".

Eu não posso definir que assim será e assim será. Existe um mundo por trás. Qualquer que seja a atitude, não será independente. O que define é a vida que vamos vivendo, dia após dia, conseguências após atitudes. E o que nos resta é coragem para encarar os fatos, atitudes e consequências.. Os fatos das atitudes e as consequências de tudo junto.

13 de maio de 2011

De longe esteve tão perto.

Desde sempre refleti e questionei.
Procurei saber quando e como aconteceu. Não achei resposta.
Durante todo o tempo me preocupei em saber por onde e com quem. Com isso, sorri junto e chorei ao lado. Mesmo de longe.
Foi uma perda que aprendi a conviver e hoje sei que não quis deixar de sentir porque para mim era uma forma de estar por perto. Mesmo de longe.
Hoje, minha cabeça vez uma viagem por todo meu mundo, fui a todos os lugares, resolvi quase todas as pendências. Tirei todo o peso das costas.
De mágoa e perda, ganhei boa lembrança e renovação.
Agora sim é bom lembrar de cada segundo dos dias perfeitos.
É bom saber que o sentimento é recíproco e que nada mudou, o sentimento é o mesmo e sempre foi.
Tanta coisa foi perdida. Mas o importante agora não é lamentar, é reviver e vivenciar.

"Que sabe não estamos ligadas a mais tempo do que lembramos, nada é por acaso"

E quando é VERDADEIRO, não existe força para destruir!

28 de abril de 2011

Ele tão incerto. Eu, tão incomum.

"Amar se aprende amando"
Todos temos marcos, marcas, fantasmas e dores de tempos vividos, de amores passados.
Se só por marcas boas fossemos felizes, teríamos hoje um mundo em decadência ou teríamos que abranger a ciência e criar rapidamente batalhões de pós doutorados em psiquiatria e psicologia.

Eu, tão incomum, prefiro ser à vontade. Despida de defesas criadas por experiências vividas, mais leve...
Prefiro crescer. E não é em todo relacionamento que se aprende a mesma coisa, pode-se aprender mais ou a mesma coisa de outra forma. Faz crescer, fortalece, amadurece e te trás o bom de ser criança.
Tem cheiro de flor, de jujuba, o gosto do chocolate, emagrece e alimenta. Auto-ajuda.
Nos ajuda a enfrentar o que pra nós é tão difícil, nos impulsiona para um melhor salto...
Tão bom saber que alguém acredita nos meus potenciais, às vezes mais do que eu mesma...

"Será isso um sonho?"
Não. Se fosse sonho seria perfeito, mas como temos defeitos... Infelizmente para outros, felizmente para mim.
Eu, tão incomum, acho que se tudo fosse muito certo ou muito fácil seria ao mesmo tempo tudo muito chato.

Prefiro usar da minha serena soltura como o bater das asas das borboletas ou rugir de uma leoa, revelar e compartilhar sem receio os maiores medos e angústias, falar sem dor das minhas feridas como simples experiências, dividir meus vícios... Receber atenta os detalhes todos em troca e crescer.

Meu sonho acontece ao olhar no olho, no toque da pele, no conversar de mãos dadas, rir por bobeira, em andar a pé por onde não há nada, com um sorriso tímido de canto. Acontece ao conversar no banco da praça, no frio da serra ou no fresco do mar. Acontece no fogo da cama e por ser saciada por ele, na troca de confidências ou simplesmente na pulsação vinda do coração.

"Nada vem pronto, nem chega de pronta entrega".
Conviver é a parte mais difícil, requer esforço, requer recolha e ao mesmo tempo doação.
Agora amar, essa é a parte mais fácil. Incerto, curioso e apaixonante.

(Inspirado)

7 de abril de 2011

Calada.

Pensamentos de geladeira seguem até a água, mais ela quer algo forte.
A água não teria o efeito quente e ardente pela garganta, não pesaria ao chegar no estômago.
Ela não queria ter razão quando pensasse, ela queria pensar sem razão.
Dessa vez ela não queria pensamentos, ela queria esquecer.
E sem pensar no que pensar, que tudo fluísse.
Esquecer que tudo aquilo estava acontecendo, esquecer que uma hora iria ter que escolher entre o bem e o bem, o amor e o amor. Entre o tempo e a intensidade, que por fim, pesando dariam no mesmo.
Não há um lado mais errado.
"Não houve, não há e não haverá". E assim foi ela conjugando o verbo haver no passado, presente e futuro.
Vivendo resposta e esperando acontecer.
Futuro. E futuro...

22 de março de 2011

Lua

Escolher nem sempre é o que eu sei fazer de melhor, e quando é, tem sempre um porém.
A questão é o que fazer agora se o que estou fazendo não me agrada? O que comer hoje se estou de dieta? Pra onde ir hoje se eu não quero ver ninguém? Com quem falar se não sei em quem confiar? Se sou tão indecisa porque questionar?
A essência é a mesma sem eu precisar me esforçar pra fazer com que você. Acredite.
Você. Ele ou ela, ou a amiga dela ou quem estiver passando.
Está me vendo? Eu sou assim.
"Ela é assim".
Se dando e doando, aprendendo, renovando, perdoando, conversando, imaginando, se arrependendo, aborrecendo, merecendo, inovando, rebolando, ajudando, chorando, dançando, gritando, bebendo, observando, escrevendo, pensando, querendo, amando, ligando, vivendo. Sorrindo.
Pode, pode olhar, falar, julgar, querer, se virar, revirar... Ela é assim.
Não vou brigar, só vou falar. Não vou reagir, vou me afastar. Não vou discutir, só vou expôr.
Meu lado positivo é tão transparente quanto o positivo. O negativo eu faço questão de não estender.
Ela lê e se interessa por você.
O mais importante não é buscar respostas para o que se serei amanhã por que isso eu já sei.
O importante é tudo que presenciei, como me criei, como me descobri, tudo que imaginei, como me expressei... Tudo é minha essência. Vem de pessoas que conheci, de lugares que frequentei, de textos que li, de amores que vivi, de amizades que não escolhi, de sonhos que eu cismo em ter. Vem do final de semana, da cerveja gelada, da vodka quente, da música que dancei, da letra triste que chorei. Do pressentimento que me arrepiou, do sonho que sonhou, da carga horária pesada, do café que bebi ou do doce que comi. Vem da chuva que peguei e do sol que torrei. Vem das porradas que já levei, dos surtos que já tive, das caretas que já fiz e dos sorrisos que já dei.

Aprendi a não buscar um porque para as minhas perguntas, aprendi a viver as respostas.

28 de fevereiro de 2011

Intuitivo

É tão forte quando o impulsivo.
Impressiona, aborrece, sai do limite... É preocupação constante.
Trás sorrisos sinceros, a sinceridade propriamente dita e limpa e paz apesar dos pesares.
Não é da mesma cor nem tem o mesmo sangue, o brasão é outro, é ouro.
De lá tudo é inconveniente e inconsequente, daqui é tudo tolerante e junto tudo é incomum.
As opiniões são estrondosamente opostas, nervosas, gritantes e amorosamente saudáveis.
Não merece a dedicação nítida, mas é dada. E a reciprocidade passada no olhar.
É tudo que eu não queria ter. É o filho rebelde, o irmão irritante, o namorado possessivo, o pai ciumento, a mãe na tpm, o avô antiquado, o padrinho desnaturado... É depressão e a minha volta por cima.
Devido aos adjetivos, o destino poderia ter me mandado de qualquer outra forma, mas seria fácil demais para amar. Veio como meu amigo, irmão. Foi por escolha, de nem se entender. Foi um ato não pensado, mas adotado.
Não é o amigo de carinhos, beijos, abraços. Não é o amigo preocupado e atencioso...
Ele é meu preto e eu a irmã dele. Eu ligo pra ele e ele me cobra atenção. Ele é meu xodó e as cenas de ciúme que ele tem a oferecer são todas minhas. Meu erro é a piada dele, o erro dele é a aceleração da minha velhice, o que também trás seu sorriso. Seu sorriso me amolece da raiva. Eu quero letras ele quer batidas, eu quero dormir e ele não para um minuto. Eu quero entender e ele nem tenta me explicar. Ele é a parte bruta e eu a parte sensível.
Eu sou toda taurina e ele todo câncer. Nem é o oposto, mas achamos bem mais interessante conviver assim.
Coisas entre preocupação minha, alívio dele.
Amei por extinto, chorei por desespero.
Tive medo, senti ódio do mundo, me virei contra todos.
Por extinto.
Não tive minha hora de alívio enquanto pensei que teria, mas estava ali.
Sorri com lágrimas, chorei sorrindo. Estava ali.
E hoje, minha melhor recompensa é o orgulho que sinto e poder ouvir de uma voz madura "Irmã, eu te amo".
Não me preocupe mais.

7 de fevereiro de 2011

A Ponte.

De ida...
Rua ar banho muito mão cabelo lado fôlego lugares lua olhos sombra sustentando sol sempre atenção só cama tempo falta alto meu seco corpo rua pássaros madrugada lado direita ressaca cortinas dormia nó lado levanto gostaria sair distantes sonhos intrigante antes janela queima
Olho as cortinas fechadas e me falta ar, me falta o fôlego que não prestei atenção enquanto dormia.
Esfrego meus olhos embaçados, cabelo preso no alto e olho para o lado, sempre a mão direita sustentando meu corpo na cama. A garganta da um nó seco, desdobro minha perna abaixo do corpo e me levanto rapidamente para sair dessa ressaca madrugada de sol.  Meu banho de olhos fechados me leva a lugares distantes, de sonhos.
Chega ser intrigante olhar pela janela antes de ir. Lá fora a lua queima enquanto procuro pássaros para dar sombra.
Gostaria muito do meu tempo para sair só.
Trabalho. 18:00  já não é mais meu horário de sair e já me acostumei com isso. Por mais cansada que esteja me permito andar  um pouco mais do que deveria só para ter um momento comigo.
Dia me encontro com elas, dias acho que o ar de casa é menos poluído que todo esse barulho entre as ruas. Dias acho que o silêncio de casa que polui minha mente. Surge vontade de andar.
Dia sim, dias não.
Andar sem rumo, ver para onde as pernas vão me levar, reparar em tudo e em todos por quem eu passo.

De volta...

28 de janeiro de 2011

Caminho aberto para o vento.

Preferi ficar sozinha pela vontade de aprender. Aprender mais sobre mim, sobre o que quero... Curiosidades minhas. Minha fase pediu gritando por isso, pelo meu momento. Fui observando e aprendendo a aproveitar cada momento útil e inútil, aprendendo a passar o tempo com a falta de tempo ou a sobra dele. Dias sem nem conseguir respirar, dias de pernas pro ar... Isso nunca me fez tão. Parei a frase aqui. Tão o que? Tão bem não pode ser porque não estou satisfeita, mal também não totalmente porque eu mesma preferi assim e ainda não voltei atrás, reformular a frase também não funciona porque nada vai substituir... Deixa pra lá, o que me aborrece eu ignoro.
E fui me descobrindo. Apreciando palavras, marcando as páginas dos livros mais famosos de escolhas não padronizadas, pouco convencionais e devorando. Lendo pessoas, olhares, gestos. Lendo as palavras  dele, as palavras dela, lendo suas palavras, lendo minhas palavras. Anoto pensamentos, desenvolvo idéias e escrevo, escrevo muito pra desabafar tudo o que entala ou causa qualquer efeito dentro de mim. Não procuro a forma certa de escrever, procuro a forma certa de desabafar. Procuro ser intensa ao máximo deixando por conta da vida escolher o caminho. Eu gosto de chorar e sentir. Cada parte minha deseja conhecer outra parte e assim vou me desconhecendo um dia e me descobrindo no próximo. Na verdade nem sei se quero me entender, acho apenas que assim será mais fácil, mas como nada fácil me enche os olhos... Vou seguindo e aprendendo por tal pessoa não definida e de intrigantes escolhas nada convencionais.

26 de janeiro de 2011

Tensão de Puta Merda.

Eu deveria abrir um vinho e ver um filme triste aos prantos, mas isso me traria lembranças das quais nem quero pensar agora. Deveria sair sem rumo, sozinha e parar em uma boate por perto, mas isso também me levaria a pensamentos onde não quero ir.
Eu deveria abrir um whisky e berrar uma música melodramática mas isso me traria lembranças das quais estou dispensando me apegar agora. Deveria ir para um bar com música calma ao vivo, mas isso também me levaria a momentos onde não quero chegar.
Tem berros a que a bebida não consegue sufocar. A dor é a mesma. E as palavras saem sem escrúpulos ou significância para quem de fora escuta, porém, para quem fala tem a maior significância da dor. Mais notável que em uma fisionomia diária onde você se distrai com qualquer obrigação... Agora a única distração é levar o copo à boca e sentir.
Mas hoje especialmente eu não quero beber.
Merda de cólica.
Estou achando tão fútil o colorido quanto uma piada de bom gosto. Estou amando o fosco das coisas, mas meu chocolate continua o mesmo, meu melhor amigo. É o que me resta porque nem as pessoas ou a rotina que eu tanto amo observar e me distrair estão caindo no meu gosto.

Que bosta de Tensão de Puta Merda, que merda de TPM.

Se não fosse tão ridículo eu até poderia andar com uma plaquinha avisando o perigo de falar comigo agora, mas basta olhar no meu olho antes de cometer essa gafe que o aviso é dado para fugir do perigo.
Merda de dia 28 que não chega.

24 de janeiro de 2011

Que sorte a minha.

O sol está aqui todo dia mesmo havendo nuvens. E as nuvens tão carregadas que pairam logo derretem, com esforço, porém derretem.
Um dia de perfume bom, com todo sentimento a flor da pele, a pétala na mão. Um dia com intensidade, ironia do destino e com a pétala na mão.
Nesse exato momento nada impedia a total vontade de submissão, mesmo tendo um lado obscuro por trás, a submissão fazia parte das flores.
O encontro de corpos, de mentes, de sentimentos renascidos. Racional.
O mundo lá fora dormindo e no nosso mundo nossos corpos acordados.
Nossos corpos acordados, as mentes em sintonia...
Franco, fervendo, forte, fim.


[Minha flor, raridade, invenção.
Pensamentos, palavras.
Três, treze, vinte e três.
Estrada de serra, mar.
Um veleiro.
Nuvem, céu azul.]

14 de janeiro de 2011

2010

A palavra que define é INTENSIDADE.
Intenso aos extremos. Extremamente intenso.
Me feri com o mundo, me surpreendi com o ser humano, chorei e sorri, derrotei, me reergui.
Vi a criança nascer, vi o amor surgir por um pequeno ser. Dois, três.
Fiz amizades com quem já era próximo, me fez feliz.
Olhei intensamente para amizades que já eram próximas, me fez triste.
Chorei, relevei, tentei... Desisti. Mas amo, para mim.
Fiz amizades novas, me deparei com pessoas especiais, apesar de surgir dificuldade em fazer amigos. Me tornei seletiva. Aprendi a apreciar o deserto.
Me vi perdida. Me encontrei em amores.
Fiz retrospectivas em fotos, pessoas, contatos, pensamentos e escritas. Alívio e gosto.
Houve crise. Meu amor não e bastou, meu corpo não agradou, minha vida não contentou...
Crise pessoal e demais... Crise de xacras.
Chorei excessivamente, sorri naturalmente.
Cantei, dancei, bebi, dormi. Pouco saí, muito li.
Consegui sugar do meu lado dramático e fantasioso irritante um lado poético, sincero e sarcástico. O melhor de mim, minha fuga. Liberdade.
Amei, me dediquei, fui atrás, fui correspondida. Tive esperança no fim exatamente como no início. Do fim ao recomeço.
Ajudei e não fui ajudada. Fiquei sozinha mesmo estando acompanhada.
Só tive uma força de onde nem saía nada.
Entreguei no altar a asa da fada. Vi sonhos que acompanhei se realizando, brilhando.
Tive medo. Adoeci pessoa, fisicamente e mentalmente.
Fiz planos, reescrevi e elaborei. Seguirei.
Tive raiva e relevei. Quis falar e segurei.. Abstraí.
Sentei e esperei...

...Levantei!

13 de janeiro de 2011

Supra Sumo

É como um campo aberto, colorido por flores, com cheiro suave de hortelã, erva doce.
Um fundo azul calmo, poucos e fracos tons rosa nude, branco e marrom, terra.
O som é de fundo do mar, com pássaros cantarolando baixo e uma cachoeira no fundo, oca.
A cachoeira é morna e brilhante à luz do sol, o lago é transparente, a grama é fria.
As árvores são altas e balançam com uma delicadeza ímpar.
A brisa é leve e doce como uma pluma pela pele.
A sensação é boa como mão de pessoa amada pelo corpo.
Tudo muito bem pensado.

7 de janeiro de 2011

Indecisão de G a A.

Ela disse "tudo bem?"
Ele disse "to legal"
Ele disse "vamos dar uma volta?"
Ela disse "hoje não dá, to mal"
Ele disse "tranquilo, a gente se vê"
Ela pensou "volta aqui cara, eu quero você"

"Era só você perguntar o que eu tinha, não falaria nada, era só uma mentira. Mentira saudável para você se preocupar, deixaria você me ajudar para a noite melhorar. Você enganado ia se sentir o tal e isso não me deixa nem um pouco mal. O tal cara foda, o tal cara legal, o tal cara esperto e totalmente fora do normal. Seu carinho estúpido, seu beijo grosseiro, suas brincadeiras nada convencionais... Acho todas tão legais.
Quem nos olha pensa que somos irmãos, melhores amigos ou que nos d=odiamos demais como inimigos mortais, talvez você nem queira nada de mim, acontece que para mim tudo é diferente e em relação a isso meu coração não mente.
Tenho medo de me abrir com você e você rir de mim, se tivesse uma reação diferente não seria indiferente, eu iria me assustar, gritar, chorar, espernear e você não iria me amparar, porque você tem um jeito incomum de me tratar.
Você é o que nenhum consegue ser, gosta de tudo em mim que nenhum consegue gostar. Você gosta de me ver espernear, acha lindo me ver chorar, ama me irritar e vive pra me machucar, acha hilário o meu sarcasmo e não me deixa sonhar.
E é aí que tá, você me trata diferente de um carinha comum, não tenta ser príncipe e nem queria ser um. É despenteado, alto, rabugento e mal humorado.
Quer saber, nem quero mais estar ao seu lado.
Vou acabar de fumar, vou pra casa deitar, com outro me relacionar e por um igual a você nunca mais me apaixonar...

...Mas por aqui, faz o favor de não passar."

3 de janeiro de 2011

Agulha, fagulha.

Olho meu reflexo no retrovisor, o rímel borrado de quem acabou de se maquiar as pressas, retoco o batom nude, coloco meu salto agulha para descer do carro, pego atrás minha bolsa enorme e pesada, uso meu toque para saber a carteira está na bolsa, desprendo dos brincos grandes os fios de cabelo, me recomponho no vidro do carro estacionado e entro no meu momento de glamour árduo.
As pernas torneadas com o salto ficam bambas com o peso dos objetos da bolsa e com o jeito "enrolado" que está na alma. A jogada de cabelo faz o perfume doce exalar e completa todo o charme.
Piadinhas ignoradas a parte, ainda da tempo de dar um "bom dia amor" em meio a correria.
Com cantada chula de qualquer um, com olhar malicioso, preconceito cheio de conceito errado e fútil, ignoro com uma delicadeza brutal e continuo impecável.
É agora, quando preciso de ar e um cigarro, please!
Chego em casa com os pés doloridos e inchados. Dou carinho para o filhote e como qualquer coisa com os pés para o alto. Paro, penso, não tem nenhuma amargura no meu coração, estou sem tempo para pensar em demais fatos ou coisas do tipo... Estou muito ocupada pensando em mim.
Banho, roupa e cama?
Não, academia, afinal, o salto não torneia minhas pernas sozinho.