3 de outubro de 2011

Intensidade de um monte de coisas

[Não, não quer simplesmente dizer que foi rápido demais, ou "opa, simplesmente foi"... Foi intenso, foi muito! Uma paixão intensa, uma dor intensa, uma saudade intensa.... Pode ser intensamente bom, pode ser intensamente ruim... Pode ser intensamente certo ou errado, pode ser intensamente nulo. Pode continuar intenso, pode se desfazer...]


Eu tento falar e não consigo escrever. O vice e versa para mim já é comum. E como disse Lispector: "Eu não acredito, por isso aceito".

Eu não quis te conhecer, eu nem queria estar lá. Só aceitei. Me pergunto o porque de eu estar ali aquela hora, mas como com o destino não se brinca, se brinda...

Não foi um "oi", foi um "quem é ela?". Trocou o "prazer" para encher o meu copo. Não foi uma cantada barata, foi o meu melhor sorriso quando me vi refletida enquanto você me olhava diferente e indiferente.
É todo o jeito, é todo o brilho, é toda a diferença... Eu não gosto de príncipes convencionais mas senti que seria o príncipe com o principio perfeito.

Enquanto todos se arrumaram você saiu com a primeira camisa amassada, com o cigarro na mão e arrastando tudo para trás. Enquanto todos se cumprimentavam você estava com o seu copo na mão, sem me esquecer.
Você não chegou no cavalo branco mas se chegasse também eu não repararia. Me encantei foi com você dirigindo seu carro sujo, desnorteado, com a musica alta, sem olhar para os lados.
Enquanto todos pensavam para acertar o que falar, (risos bobos) você cantava suas maiores besteiras relâmpago sem se importar com o que alguém podia pensar. Era a hora em que me saía o sorriso bobo, com a sua risada.
E olhar enquanto você elabora algo maluco pra falar é minha hora de maior espectativa. Eu adoro sorrir feliz.

Enquanto me esquivava muita coisa aconteceu. Crueldade ou não comigo mesma, que assim seja.
Afinal de contas, "Eu quis te conhecer".

Vitrola:  *Janta (Marcelo Camelo e Malú Magalhães)