26 de outubro de 2010

Antropófagas.



Estava lendo uma coluna sobre mulheres escrita por homens. Seu título era algo do tipo "Devoradoras de homens, insensíveis, taradas e indiscretas".
Ué, não tem algo de errado nisso?
Era um texto obviamente machista. Por mais que existam homens denominados inteligentes e dignos, o machismo é igual aquela parte do corpo que eles mais idolatram, nasce grudado, cresce conforme o tempo e eles se apegam cada vez mais.
E nós somos as feministas? De certa forma sim, involuntariamente tivemos que nos preocupar em tomar esse antibiótico.
Dignos de pena? Não, dignos de qualquer outra coisa, menos de pena.
No texto, falava-se principalmente da mudança no amor e sexo, em protesto.
Foi demais pra eu ler a indignação deles de que  agora eles se acham vítimas por ouvir frases do tipo “Estou confusa, não é culpa sua, você é ótimo, sou eu ", “Sinto que estamos em momentos diferentes, não quero te magoar”, "Estou confusa"...
Eles estão mesmo se sentindo usados? Meninos, só estamos amaciando o adeus.
Não é fraude sentimental, é recuo e avanço. Os dizeres denominados masculinos feitos por nós, mulheres, é apenas um detalhe.
Sinto-lhes informar que depois que queimamos os soutiens, nada voltará a ser o mesmo.
A fase de chegar em casa e encontrar a comida pronta e gostosa e ir ver jogo acabou, façam o jantar vocês mesmos e lavem a louça, e quando comprar cerveja para o jogo, tragam mais meia dúzia. Não se distraiam quando olharem para o lado oposto a suas mulheres, lembrem-se que vocês também tem lado oposto, apesar de não deixarmos vocês perceberem. Rs
Em relação à barata, lâmpada queimada, eletro doméstico quebrado... Não se preocupem que também não precisamos de vocês.
Aproveitem também a terça da pelada, a quarta do boteco, a quinta do campeonato... Nós estaremos aproveitando nosso "dia de qualquer coisa" a qualquer hora.
Parem de achar que tem uma menina virgem esperando vocês, Papai Noel não existe. Hoje em dia não se encontram mais mulheres de 30, 40 anos que nunca chegaram ao orgasmo como antigamente. Não pensem que vocês é que dão o prazer na hora que querem, o prazer vem quando queremos e fingimos quando não o queremos. Não necessariamente todas precisam de seus instrumentos gloriosos para satisfação absoluta.
Sexualmente falando, vocês são uma escolha e não uma necessidade.
E se preciso, podemos também queimar as calcinhas!

25 de outubro de 2010

Eu, tu sem ele. Nós, vós sem eles.


Esse vento no meu rosto, o som da água salgada acariciando as pedras,
a expressão serena das poucas pessoas ao nosso redor nos olhando com sorriso no canto da boca...
Será que é tão bom e bonito ver de fora quanto de dentro?
Porque as pessoas riem? Porque eu rio? Porque você ri?
Um riso tão calmo como o lugar onde estamos.
Os leves raios de sol cintilando a água, fazendo-a brilhar como purpurina.
Porém, você, cintila mais que a água, o raio amarelo-ouro do sol, o azul claro do céu,
as nuvens de algodão... Mais que aquela brisa trazendo calma.
Somente você e eu, tudo que me basta agora.
É mais divertido, mais bonito, mais tranquilo, mais sincero...

21 de outubro de 2010

Mentiras fúteis ou Verdade incerta?

De nós, restou nosso apartamento com os quartos minuciosamente decorados que só entrariam comidas saudáveis e os doces seriam apenas nos finais de semana. Nosso "cafofo" onde seria bem arrumado com tarefas divididas e teriam diversos espelhos. Onde haveria um quarto extra transformado em ateliê com nossos tecidos, botões, roupas inacabadas e finalizadas expostas para nossa admiração.
Nossa viagem para fazer mestrado em Paris, ultrapassar nossa cara de pau para conhecer as pessoas mais importantes desse NOSSO mundo tão amado, frequentar os melhores eventos, a cada saída voltar sem conseguir andar de tantas compras e claro, juntas.
As gargalhadas intermináveis a qualquer momento e lugar. As grandes besteiras faladas e até as não ditas e entendidas.
Éramos nossas saídas, nossos estudos, nossos segredos, nossas risadas. Éramos a música que dançávamos diferente da música que ouvíamos. Éramos os lugares que íamos diferente dos lugares que queríamos ir. Éramos nossos estilos iguais, nossa maquiagem parecida com o blush inigualável. Éramos nossas brigas. Éramos muito de nós mesmas, iguais.
Éramos a amizade, a irmandade.
De nós, só restou o que aconteceu e o que foi só um sonho.

20 de outubro de 2010

Subindo.

Estrada fria, muita neblina;
Música calma;
Vista linda mesmo escondida;
Ar puro gelado, diferencial do dia constante.
Subindo.
Mesmo com roupas quentes eu conseguia sentir o
tempo gelado pelo meu corpo.
"Essa paz me deu sono".
Meus olhos foram se fechando conforme a música calma,

até que um toque derreteu todo o gelo do frio e me aqueceu profundamente;
Me impulsionou a acordar.
Sublime.
Que clima agradável.
Propenso a ótimos acontecimentos.
Varanda, bela vista, rede sendo balançada levemente pelo ar gelado.
Lá no alto.
Vinho,'amarula' e uma bebida gelada para quebrar. Uma paz que nos faz pensar na adiação do retorno inevitável.
Frio.
O que te faz relaxar, querer acordar mais tarde;
O que te faz sentir-se bem e se aconchegar;
O que te aconselha a ler um livro e te oferece a chance de se aprofundar;
Que te proporciona o prazer de ficar agarradinho com quem se ama na cama o dia todo.
Chegou...
...O retorno inevitável.

14 de outubro de 2010

Um pouco menos, sem dispersar.

[3503935523_b2cdeb4fe0.jpg]Li, reli, li mais uma vez... Até saber o que eu queria.
Li novamente o post "Pois Bem" que fala um pouco de mim.
É generalizando o meu eu, mas sou eu.
Não é um "simplesmente eu" porque não sou simples, mas é uma parte do meu eu.
Notei que no texto era realmente eu mesma, mas no momento, não estou tão ao pé da letra.
Concordo com tudo apesar de ali não estar meu tudo, vejo algo de muito escondido em mim agora.
Primeiro, não acho a tal liberdade que sempre preservei. Tal liberdade suponho eu, se recolheu a tanto encanto que ela trás. Encanto ou desgosto, não sei bem.
Meus defeitos têm mais ênfase e as qualidades não são mais externas. Me recolhi e não entendo o porque.
Minha pele filtra as emoções, porém, não as penera para absolvê-las. O ''recipiente'' meu corpo está fechado com uma tampa forte, lacrado.
Me recolhi.
Uma mudança constante acontece.
Não me encontro em mim mesma, mas nos outros, vejo tudo de mim.
E impera uma única palavra que minha mente insiste em me fazer pensar, mas tal palavra não me reflete nada, apenas pulsa mais, mais e mais..."Dúvida, dúvida, dúvida..."

7 de outubro de 2010

Fundamental em ti.

"Descobrir como você é, do que gosta é a chave para obter felicidade.
Conhecer-se é fundamental. Saiba avaliar o que lhe dá prazer. Respeite seus sentimentos. Não tenha medo de ser o que é.
Se fizer isso, sentirá um calor agradável no peito, uma alegria gostosa, que tornará sua vida mais bonita e colocará mais sedução em seu sorriso.
Essa beleza da alma que se reflete nos sentimentos verdadeiros atrai, conquista, seduz.
É o carisma.
E se você jogar fora seu "sonho de amor", deixar acontecer naturalmente, gostar das pessoas como elas são, descobrirá de quanta beleza, dignidade, dedicação e amor que elas são capazes.
É só tentar."

1 de outubro de 2010

É Passado, Passou.


Leu, releu. Remoeu as lembranças de solidão em companhia e reparou que a solidão agora estava realmente só.
Um mundo único antes dividido agora havia se recolhido a uma só parte da divisão.
Manias foram arrancadas a força.
De repente do outro lado foi mais fácil. Mas o outro ainda se pergunta o porquê.
Bom, mas acabou mesmo.
O reflexo tão  perfeito de si mesmo nunca mais será tão igual.
De longe, mesmo não próximas, os acontecimentos eram claros. Na exposição do dia-a-dia, sabia exatamente o que pensar e como agiria. Por algum tempo isso foi até um jogo. Mesmo de longe, as coisas não haviam mudado tanto.
Qualquer comentário vindo de uma parte sobre a vida da outra parte seriam vistos como "óbvios" ou provocariam prolongadas risadas.
Tantas risadas... E hoje não resta nem poeira.

É assim para pelo menos uma delas.