7 de fevereiro de 2011

A Ponte.

De ida...
Rua ar banho muito mão cabelo lado fôlego lugares lua olhos sombra sustentando sol sempre atenção só cama tempo falta alto meu seco corpo rua pássaros madrugada lado direita ressaca cortinas dormia nó lado levanto gostaria sair distantes sonhos intrigante antes janela queima
Olho as cortinas fechadas e me falta ar, me falta o fôlego que não prestei atenção enquanto dormia.
Esfrego meus olhos embaçados, cabelo preso no alto e olho para o lado, sempre a mão direita sustentando meu corpo na cama. A garganta da um nó seco, desdobro minha perna abaixo do corpo e me levanto rapidamente para sair dessa ressaca madrugada de sol.  Meu banho de olhos fechados me leva a lugares distantes, de sonhos.
Chega ser intrigante olhar pela janela antes de ir. Lá fora a lua queima enquanto procuro pássaros para dar sombra.
Gostaria muito do meu tempo para sair só.
Trabalho. 18:00  já não é mais meu horário de sair e já me acostumei com isso. Por mais cansada que esteja me permito andar  um pouco mais do que deveria só para ter um momento comigo.
Dia me encontro com elas, dias acho que o ar de casa é menos poluído que todo esse barulho entre as ruas. Dias acho que o silêncio de casa que polui minha mente. Surge vontade de andar.
Dia sim, dias não.
Andar sem rumo, ver para onde as pernas vão me levar, reparar em tudo e em todos por quem eu passo.

De volta...